Centro Integrado de Educação Especial torna-se adepto a Musicoterapia
23/03/2010 00:10:46
Musicoterapeuta Karine Jericó
MUSICOTERAPIA-
CONCEITO
Musicoterapia é
a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por
um musicoterapeuta qualificado. É usada para facilitar e promover a comunicação,
relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos
relevantes. Além disso, alcança as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e
cognitivas.
A musicoterapia
objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do individuo para que
ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente,
uma melhor qualidade de vida.
O tripé visão/audição/função
motora, coordena o ser humano para comunicar e expressar-se com o mundo. Quando
um destes canais está comprometido, dificulta a comunicação seja ela corporal,
verbal ou emocional. A música, por sua vez, abre ou amplia esses canais de
comunicação através da audição, trazendo para o seu consciente novas experiências,
possibilitando o individuo de expressar corporalmente os seus sentimentos ou idéias
com o fazer musical.
MUSICOTERAPIA E
A CURA DE DOENÇAS
Os
musicoterapeutas trabalham com uma gama variada de pacientes. Entre estes estão
incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência
mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos,
gestantes e idosos. O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de
equipas de saúde multidisciplinares, em conjunto com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos,
terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores.
A música atua nos hemisférios
cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a
"afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão
interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a
inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que,
através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a
expressão corporal, etc.
São oferecidos ao aluno
conhecimentos musicais específicos, voltados para a aplicação terapêutica, e
conhecimentos de áreas da saúde e das ciências humanas. São oferecidas também
vivências na área de sensibilização, em relação aos efeitos do som e da música
no próprio corpo.
Particularmente são indicados no
autismo e na esquizofrenia, onde a musicoterapia pode ser a primeira técnica de
aproximação.
MUSICOTERAPIA E
O CIES
O Complexo de
Educação Especial proporciona mais essa terapia para ajudar no tratamento das
crianças assistidas. Karine Jericó, formada em música e especializada em
musicoterapia pela UFPI, será a responsável pela implantação musical em
beneficio das crianças.
Para a terapia
ser aplicada, a professora primeiro faz uma avaliação com as mães. Dados como o
canto na gestação, choro, problemas durante o crescimento, etc. Depois ocorre
um teste musicoterapico, para mostrar a relação do paciente com a música. Após
esses dados da história de vida e da história sonora, a professora Karine traça
as formas de terapias que vai trabalhar com cada criança, de modo que cada um terá
acompanhamento individualizado.
“Todos possuem
um ISO(Identidade Sonora), então cada um terá sua seção de musicoterapia. Essa
identidade sonora tem relação com a história de vida, desde o quinto mês na
barriga da mãe, onde já escuta. E é essa identidade bem trabalhada que proporciona
benefícios”, ressalta Karine.