Por Elza Muniz
Com foco na prevenção, o estado do Piauí completa a preparação dos
profissionais de saúde para implantação da segunda fase do programa de
triagem neonatal (teste do pezinho). Nessa etapa são detectadas a
anemia falsiforme e as hemoglobinopatias. Desde 2005 quando o programa
de triagem neonatal foi implantado no estado, já vinha sendo feito o
rastreamento da fenilcetonuria e hipotireoidismo. Hoje o Piauí tem uma
cobertura de 75% das crianças nascidas vivas no estado.
De acordo com a secretária para inclusão da pessoa com deficiência,
Rejane Dias, em 2008 foram detectados, no estado, através do programa
de triagem neonatal 14 casos de fenilcetonuria e 2 de hipotireoidismo
através do programa de triagem neonatal (teste do pezinho). “Agora
evoluímos para segunda fase do programa e essa é uma reivindicação,
principalmente, dos movimentos negros porque a anemia falsiforme é um
tipo de patologia que acomete muito a pessoa negra”, explica a
secretaria.
A Secretaria de Saúde, através da coordenação de atenção à pessoa
com deficiência, realizou 11 capacitações para profissionais de saúde
de varias regiões do estado (médicos, enfermeiras, técnicos de saúde)
em 11 micro regiões do estado (Barras, Teresina, Parnaíba, Luís
Correia, Bom Jesus, Picos, Oeiras, Floriano, São Raimundo Nonato e
Corrente). “Estamos equipando o estado para prevenção de novas
deficiências e diminuindo as consequencias de problemas desencadeados
por patologias genéticas como anemia falsiforme. São extremamente
importante essas capacitações para esses profissionais que atuam com a
pessoa com deficiência”, explica Rejane Dias.
Hoje o sangue para o teste do pezinho é colhido em um dos 236 postos
espalhados pelo estado, encaminhado ao Lacen (Centro de Referência em
Diagnóstico) que recebe as amostras e faz o rastreamento para doenças.
Os casos de fenilcetonuria e hipotireioidismo detectados são
encaminhados para tratamento no hospital infantil Lucidio Portela que é
o centro de Referência para Triagem Neonatal no estado.
Agora na segunda fase o Hemopi também vai entrar no processo,
fazendo o diagnóstico das hemoglobinopatias, o acompanhamento
laboratorial e hemoterapico de todos os pacientes com triagem positiva
para a anemia falsifome e demais hemoglobinopatias.