Por Lyza Freitas
Atendendo a uma exigência do MEC (Ministério da Educação e Cultura), como determina a nova Lei de Diretrizes e Bases de Educação, o CIES (Centro Integrado de Educação Especial) passa por mudanças a partir deste ano, deixando de ser uma escola e passando a ter um caráter exclusivo de centro de apoio pedagógico e inclusão escolar de crianças com deficiência.
De acordo com a determinação do MEC, não é mais para existir escolas especiais, como era o caso do CIES, e sim centros de apoio, uma vez que a Lei garante a inclusão de toda e qualquer pessoa com ou sem deficiência no ensino regular.
A Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Piauí (SEDUC) já garantiu a autonomia necessária para que o CIES funcione como um centro de apoio pedagógico prestando atendimento educacional especializado para crianças com deficiência mental.
A coordenadora pedagógica do Centro, Fátima Macedo, explica que na prática o novo conceito facilita o trabalho dos profissionais e permite oferecer um atendimento de melhor qualidade aos educandos, além do que, faz com que a fila de espera de alunos que precisam de atendimento ande mais rapidamente.
“Com o novo modelo, nós professores, como toda a equipe, vamos ter mais tempo para realizar os estudos de casos individuais dos educando, realizar os planejamentos. Pois não é mais necessária a vinda dos alunos diariamente ao Centro, apenas duas ou três vezes na semana dependendo de cada caso”, esclarece Fátima.
O CIES surgiu com uma proposta pedagógica sugerida pelos novos moldes para a educação especial, que é a flexibilidade do ensino em conjunto com o atendimento terapêutico: são os atendimentos interdisciplinar e multidisciplinar. E agora, essa proposta poderá ser melhorada, ampliando, inclusive a capacidade de atendimento.
Os tipos de atendimento vêm possibilitando a liberdade de trabalhar individualmente as necessidades específicas de cada aluno. E além do atendimento pedagógico individual, executa o terapêutico, com o acompanhamento psicológico, fonoaudiológico, fisioterapêutico, o de assistência social, dentre outros que o aluno precise, sempre em conjunto.
Fátima diz que “os chamados estudos de casos são de fundamental importância nesse processo, pois todos os atendimentos com todos os profissionais aos quais a criança se submete vão trabalhar em conjunto tentando encontrar melhores formas de avanços para a mesma. É o que vai garantir um melhor desenvolvimento do aluno”.
A diretora do Centro, Sheila Aguiar, ratifica a idéia dizendo que “a alteração é mais um avanço na vida da pessoa com deficiência. É mais um avanço para o nosso Centro que visa a cima de tudo a inclusão no ensino regular, a sociabilização das nossas crianças e a melhoria da qualidade de convivência para elas”.
